segunda-feira, 29 de setembro de 2008

Amor à disciplina... ou ao prêmio?

E eu que reclamo da minha dissertação... esse trabalho eu acho que eu não faria nem pelos US$ 100 mil! A matéria é do Globo Online / BBC Brasil.

Cientistas definem número primo com 13 milhões de dígitos


Matemáticos americanos se qualificaram para receber um prêmio de US$ 100 mil por encontrar um número primo - que só pode ser dividido por um e por si mesmo - com quase 13 milhões de dígitos. O prêmio da Electronic Frontier Foundation (EFF) era oferecido há quase dez anos para a primeira equipe de cientistas capazes de encontrar um número primo de Mersenne - em homenagem ao matemático francês Marin Mersenne, que os popularizou no século 17 - com mais de 10 milhões de dígitos.
Os primos de Mersenne seguem a fórmula 2 elevado à potência "p" menos 1, sendo que "p" é em si um número primo. No fim do mês passado, um computador na Universidade da Califórnia definiu o 45º primo de Mersenne conhecido: 2 elevado à 43.112.609ª potência menos 1, com 12.978.189 de dígitos.
No dia 6 de setembro, o 46º primo de Mersenne conhecido foi encontrado por uma equipe em Langenfeld, perto de Colônia, na Alemanha: 2 elevado à 37.156.667ª potência menos 1, com 11.185.272 de dígitos. O numeral encontrado pelos alemães foi o primeiro primo de Mersenne a ser descoberto fora de ordem desde que os matemáticos Colquitt e Welsh definiram 2 elevado à 110.503ª potência menos 1. A busca por um primo de Mersenne com mais de dez milhões de dígitos já durava quase dez anos.
Cientistas dizem que o exercício tem a importância indireta de abrir espaço para a criação de teoremas e hipóteses matemáticas, promover pesquisas cooperativas na internet e incentivar o gosto pela pesquisa científica, entre outros efeitos. Os coordenadores das duas pesquisas, Edson Smith e Hans-Michael Elvenich, faziam parte da rede Gimps (iniciais em inglês para Grande Busca de Primos de Mersenne na Internet), formada em 1996 para descobrir "agulhas num palheiro" - números primos gigantescos - operando 29 trilhões de cálculos simultâneos.
Do total da recompensa, US$ 50 mil irão para os matemáticos da UCLA, que venceram a corrida proposta pela EFF, outros US$ 25 mil serão doados para entidades de caridade, e o restante, dividido entre os descobridores dos primos de Mersenne anteriores.
Fonte: BBC Brasil

sexta-feira, 26 de setembro de 2008

Ctrl + Alt + Del

Quando o computador trava, aperta-se Ctrl + Alt + Del e na grande maioria das vezes está tudo resolvido. Se não resolver, junta-se tudo e joga-se fora.

Mas e quando o meu cérebro trava e os meus lindos neurônios fazem paralisação?

quarta-feira, 17 de setembro de 2008

Apelo

Quando o desespero aperta, nós começamos a apelar para coisas esotéricas que nos prometem respostas sobre as perguntas complexas da vida (nossa, falei bonito, como uma dissertação...)

Já postei tudo que foi tipo de mandinga neste blog. A novidade de hoje é o Tarô Zen do Osho (!), recomendado por uma amiga doutoranda.

Por incrível que pareça, todas as mensagens que eu tirei me disseram alguma coisa sobre o complexo momento acadêmico pelo qual eu estou passando. Pra não ficar chato, copio apenas a carta do Centro, que quer dizer "A Questão".


A SUPRESSÃO

Em sânscrito, a palavra é "alaya vigyan": a casa em cujo porão você vai juntando coisas que gostaria de fazer, mas que não pode por causa das condições sociais, da cultura, da civilização. Essas coisas, porém, vão se acumulando ali, e muito indiretamente passam a afetar as suas ações, a sua vida. Elas não podem encará-lo diretamente - você as obrigou a ficar na escuridão; mas, do escuro, elas continuam influenciando o seu comportamento. Elas são perigosas: é arriscado manter todas essas inibições dentro de você.

É possível que essas sejam as coisas que atingem um clímax, quando uma pessoa enlouquece. A loucura não é outra coisa senão todas essas repressões chegando a um ponto em que você já não consegue controlá-las. A loucura, porém, é aceitável, ao passo que a meditação não - e a meditação é o único caminho para tornar uma pessoa absolutamente sã.

Osho, The Great Zen Master Ta Hui, Capítulo 11

Comentário:
A figura desta carta apresenta-se literalmente "emaranhada em nós". Sua luz ainda brilha no íntimo, mas esse personagem reprimiu sua própria vitalidade na tentativa de corresponder a muitas exigências e expectativas. Abriu mão de todo o seu próprio poder e visão, em troca de ser aceito por essas mesmas forças que o aprisionaram. O perigo de reprimir dessa maneira a própria energia natural é visível nas rachaduras de uma erupção vulcânica que está para acontecer em toda a volta da figura.

A verdadeira mensagem desta carta é que é necessário encontrar uma saída de cura para essa explosão iminente. É essencial encontrar uma maneira de dar vazão a qualquer tensão e estresse que possam estar se acumulando, neste momento, dentro de você. Soque um travesseiro, dê pulos, procure uma área deserta e berre contra o céu vazio: qualquer coisa que possa ativar sua energia e consiga fazê-la circular livremente. Não espere que aconteça uma catástrofe.

Mestrandos do mundo todo: Socando travesseiros!!!

quinta-feira, 11 de setembro de 2008

Dissertação insensível

Ando meio sumida devido ao volume absurdo de coisas a fazer, e ao pressentimento de que, mais uma vez, vou perder o prazo para a defesa.

Segue a anedota real do dia.

Tenho uma estagiária que está iniciando o trabalho de conclusão de curso em uma área totalmente distinta da minha, o que só nos permite conversar sobre assuntos relacionados a monografias, teses e dissertações que sejam banais.

Mestranda - Você sabe se a palavra "gráfico", quando está no meio do texto e seguida do número do gráfico correspondente, é com maiúscula ou minúscula? No meu texto está o maior samba do crioulo doido.
Estagiária - Sei não. Eu colocaria tudo com maiúscula.
M - Essas normas são um saco, mas muita gente não segue. Até dissertação escrita em Trebuchet eu já vi.
E - Lá na faculdade o padrão é Arial.
M - Ih, na minha é Times. Ainda bem, porque Arial é feio, né?
E - É verdade! É uma fonte que não passa sentimento nenhum!!!
M - (...)