Eu e a tese-encosto

Esse é o título de um dos melhores capítulos do único livro extra-mestrado que eu estou me permitindo ler no momento.

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O livro surgiu da estante de uma grande amiga de trabalho, ex-mestranda e atual doutoranda em Engenharia (o que torna a sua situação um pouco mais grave que a minha). Desesperada com as minhas atitudes estranhas dos últimos meses, ela apareceu um dia com o livro para me emprestar - e no dia seguinte "cobrou a matéria", para ver se eu estava lendo mesmo.

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Descobrir que a minha dissertação se enquadra na categoria "tese-encosto" foi um grande alívio para mim... é muito bom saber que não somos exceções absolutas no mundo!

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Tese-encosto: "Emprego a palavra aqui como uma metáfora (de autoria de um amigo) para expressar a idéia de alguma coisa que não nos deixa em paz, vigia-nos todo o tempo e nos deixa sempre cientes de sua presença. É claro que a tese é uma abstração, um compromisso, um trabalho e não uma pessoa ou um espírito, mas, como fruto de algumas de nossas produções intrapsíquicas, ela acaba assumindo um estatuto próprio, ao qual outorgamos uma quase-vida. A sensação de que levamos a tese para onde quer que vamos, de que ela só nos dá sossego quando estamos completamente mergulhados nela, de que ela e nós estabelecemos uma relação quase simbiótica merece algumas considerações."

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Vou terminar de ler esse livro hoje ainda!